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Concluiu-se recentemente em Port Louis, nas Maurícias, um workshop fundamental centrado no reforço da cibersegurança e da estabilidade em África. O evento, organizado pelo Centro de Estudos Estratégicos de África (CEEA) em colaboração com o Departamento de Estado dos EUA, teve lugar de 21 a 23 de maio de 2024. Reuniu 36 figuras proeminentes de todo o continente e não só para promover os esforços regionais em matéria de cibersegurança.
O workshop contou com a participação da União Africana (UA), das Comunidades Económicas Regionais (CER), como a CEDEAO, a EAC, a SADC e a IGAD, e de peritos em cibersegurança de países como o Benin, a Costa do Marfim, o Gana, o Quénia, as Maurícias, Moçambique, a Nigéria, o Senegal, a África do Sul e a Zâmbia. Os debates tiveram por base o Quadro das Nações Unidas para o Comportamento Responsável dos Estados no Ciberespaço e visavam promover uma abordagem colaborativa dos desafios e soluções em matéria de cibersegurança.
O Embaixador Henry V. Jardine, Embaixador dos EUA na Maurícia e nas Seicheles, dirigiu algumas palavras na cerimónia de abertura. A televisão nacional e vários meios de comunicação social estiveram presentes na inauguração.
Um dos temas centrais do workshop foi a influência crescente dos países africanos na política global de cibersegurança. O papel do continente na definição de normas e padrões internacionais tem vindo a aumentar, com os países africanos a contribuírem ativamente para o desenvolvimento dos debates nas Nações Unidas sobre cibersegurança. A recente inclusão da União Africana no G20 sublinha ainda mais a crescente influência de África na cena mundial.
O progresso na implementação de medidas de cibersegurança em África foi também um dos principais pontos de discussão no workshop. O continente fez progressos notáveis na adoção de legislação sobre cibersegurança e na criação de Equipas nacionais de Resposta a Emergências Informáticas (CERT).
O workshop destacou a emergência de um quadro regional sólido de cibersegurança constituído pela UA, pelas CER e pelas CERT.
Os participantes também abordaram as ameaças crescentes às infraestruturas críticas de informação em todo o continente. Com os riscos crescentes de ciberataques sofisticados que afetam sectores como as telecomunicações e as finanças, há uma necessidade premente de uma abordagem unificada para salvaguardar estas áreas cruciais.
Este workshop representa um marco significativo no percurso de África rumo a um ciberespaço mais seguro e resiliente. As recomendações e os contributos adquiridos nesta reunião desempenharão um papel crucial na definição de futuros esforços para reforçar a cibersegurança e garantir a estabilidade em todo o continente.